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Valparaíso lidera ranking negativo no combate ao Aedes aegypti

No painel da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, analisado na última semana, o município de Valparaíso de Goiás aparece com o pior resultado no combate ao mosquito Aedes aegypti, quando comparado às quatro primeiras semanas deste ano e também quando equiparado com o resultado das cidades vizinhas que englobam o Entorno Sul – Luziânia e Novo Gama. O aumento alarmante dos casos de Dengue em Valparaíso subiram mais de 400%. 

Especialistas afirmam que os cuidados e a força tarefa para eliminar os focos do mosquito deve-se começar nas residências, uma vez que a maioria dos criadouros do Aedes aegypti, transmissor da doença, é encontrada no lixo residencial, além de caixa d’água, vaso de planta, piscina e até bebedouros de animais.

Diante desse cenário alarmante, a Prefeitura de Valparaíso deu início, na última semana, a Campanha de luta contra o mosquito, envolvendo diversos órgãos municipais e estaduais.

Durante os trabalhos, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) percorreram ruas do Jardim Céu Azul orientando a população e vistoriando possíveis focos do mosquito. “Esta é uma ação que não tem previsão de término. Vamos à luta contra a Dengue. A operação conta com a integração de todas as forças da nossa cidade”, disse o secretário de Saúde, Neomar Camelo.

Ao longo da campanha de combate ao Aedes aegypti, os agentes públicos colocarão em prática medidas de prevenção, ações conscientizadoras e a realização visitas às residências, além de palestras em escolas públicas, limpeza de terrenos baldios e pontos de acúmulo de lixo, onde possam possuir possíveis focos do mosquito. A Secretaria Municipal de Saúde trabalha sabendo da importância da orientação dos cidadãos para evitar a proliferação do Aedes e acende um sinal de alerta contando com a cooperação de todos para vencer essa batalha.

 

Lixo pela cidade

A equipe do Diário do Entorno recebeu diversas denúncias de moradores em relação ao lixo espalhado na cidade que se torna foco do mosquito. “No bairro Parque Araruama, o lixão a céu aberto é um mau exemplo causado pela comunidade, que a Prefeitura faz vista grossa e não promove campanhas educativas  e de limpeza”, segundo a denunciante, que prefere o anonimato.

 

Cidades vizinhas 

Na contramão desse cenário está a cidade de Luziânia, que tem a menor alta de casos confirmados da doença, seguido por Novo Gama que lançou uma campanha nas redes sociais onde é possível denunciar lotes vazios com mato alto.

Assim, a prefeitura de Novo Gama está fiscalizando e notificando proprietários de terrenos sujos, com mato alto, entre outras irregularidades.

Ao receber a denúncia os fiscais responsáveis vão até o local, tiram as fotos e notificam o dono do local, caso não haja limpeza, é realizada multa.

Já o proprietário que não é encontrado, a prefeitura realiza a limpeza e cobra a taxa no IPTU do proprietário.

Essa estratégia visa combater as consequências das chuvas que facilita o crescimento do mato, tornando um ambiente favorável para a proliferação de diversas pragas urbanas como: baratas, ratos, escorpiões, caramujos, mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, entre outros vetores de doenças, que colocam em risco a saúde dos moradores, além de acúmulo de lixo e resíduos.

 

Prevenção

A melhor forma de se evitar a proliferação de pernilongos e do mosquito Aedes Aegypti é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para sua criação. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros, ou seja, todos os materiais que podem facilmente ser retirados e eliminados enquanto potenciais criadouros.

Karina Bueno

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