Política

Vereadores do MDB em Goiânia reticentes com Rogério Cruz

Parlamentares acreditam que prefeito poderia ter os consultado antes de emplacar uma nova reforma administrativa

A bancada do MDB na Câmara dos Vereadores de Goiânia mostra-se reticente com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) diante da nova reforma administrativa que o republicano tem prometido anunciar para esta semana. Os incômodos, apesar de descartados pelos personagens, são perceptíveis a partir de respostas dadas na condição de off.

A avaliação é de que independente do presidente do MDB em Goiás, o vice-governador Daniel Vilela, planejar uma candidatura própria da legenda no ano que vem, os vereadores sempre sustentaram Cruz diante de crises. Esperavam retribuição num momento em que o prefeito vai remodelar a estrutura, de olho nas eleições de 2024.

Um vereador classifica como um erro de Rogério Cruz tirar o secretário de Saúde Durval Ferreira para trazer um nome de fora de Goiânia para o cargo. “Para mim, o prefeito erra. Ele precisa de alguém para resolver rapidamente o sistema do município. Como vai fazer isso nomeando alguém que não conhece as particularidades da nossa cidade?”, indaga.

Há outro ponto que o emedebista levanta. Apesar de Durval não ser filiado ao MDB, o atual secretário é próximo ao vice-governador Daniel Vilela. O titular estava na gestão desde o dia 2 de janeiro e era da confiança da cúpula do partido. “Em vez de reforçar as pontes de olho em uma conciliação, Rogério as corta de vez”, destaca.

Único a falar com a reportagem sem a condição de off, o líder da bancada do MDB na Câmara, Kleybe Morais, destaca que não há clima de insatisfação mas reconhece que o prefeito poderia ter convidado o partido para a conversa.

Afinal de contas, o prefeito tem na legenda seu líder na Câmara, Anselmo Pereira, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Henrique Alves, e mais de 60 mil votos reunidos em todo o colegiado. “Mas o prefeito Rogério Cruz não chamou em momento algum o MDB para conversar e aparentemente ele não conta com o MDB para ajudá-lo na gestão”, pontua.

Ainda assim, reitera que o partido continuará na gestão. “De toda a forma, o MDB está em sua base de sustentação desde o começo da administração e deve continuar dessa forma”, destaca. Questionado se o cenário não pode mudar com a reforma consolidada, Kleybe faz a ressalva. “Aí nós temos que avaliar, reunir a bancada e tomar uma decisão em conjunto. Até o momento, não fizemos isso”, destaca.

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