Vereador Neném da Civil sofre racismo de servidora municipal em Santo Antônio

Nessa terça-feira, 19 de março, durante uma atividade parlamentar de fiscalização, o vereador Neném da Civil, único representante negro na câmara de vereadores da cidade, foi alvo de comentários ofensivos por parte de uma servidora da Secretaria de Promoção Social da Prefeitura Municipal.

A servidora expressou seu descontentamento ao avistar o vereador em ação, resultando em uma série de mensagens pejorativas nas redes sociais e grupos de mensagens locais. Uma das mensagens compartilhadas referia-se ao vereador como “urubu”, associando-o a uma imagem de carniça.

A página oficial do vereador emitiu uma nota de repúdio ao comportamento, condenando o racismo e a discriminação. No entanto, até o momento, a Secretaria de Promoção Social e a Prefeitura Municipal não se pronunciaram sobre o assunto.

A assessoria do vereador declarou que serão tomadas medidas jurídicas em resposta ao incidente, reafirmando o compromisso de combater todas as formas de racismo e discriminação. Este episódio levanta questões sobre a persistência do racismo na sociedade e a necessidade de ações efetivas para combatê-lo.

Após o incidente, o vereador em utilizou suas redes sociais para expressar mensagens de tristeza e reforçar seu compromisso com o combate ao racismo. Em uma de suas postagens, ele postou “Resumo tudo em uma só palavra tristeza”.

Crime

Chamar alguém de “urubu” de forma pejorativa por ela ser negra pode caracterizar injúria racial. A injúria racial é um crime previsto na Lei nº 7.716/89. Ela ocorre quando alguém ofende a honra de outra pessoa com base em sua raça, cor, etnia, religião ou origem.

No Brasil, por exemplo, a pena para injúria racial pode ser de reclusão de um a três anos e multa, conforme estabelecido no Código Penal brasileiro, no artigo 140, parágrafo 3º.

Reportagem – Larissa Nunes