Saúde

Tuberculose: diagnóstico tardio alerta para alta taxa de mortalidade

Doença milenar ainda preocupa e exige atenção para prevenção e tratamento

A tuberculose permanece como um desafio para a saúde pública no Brasil. Em 2023, o país registrou uma taxa de incidência de 39,8 casos por 100 mil habitantes, com projeções indicando um aumento para 42,1 até 2030. No estado de Goiás, foram notificados 1.212 casos novos da doença no mesmo ano, resultando em uma incidência de 16,8 por 100 mil habitantes.

A transmissão da tuberculose ocorre principalmente por via aérea, quando indivíduos infectados expiram partículas contendo o bacilo de Koch, agente causador da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e prevenir a disseminação. Sintomas como tosse persistente por mais de 20 dias, febre vespertina, sudorese noturna e perda de peso devem ser investigados.

A infectologista cooperada e coordenadora do Centro de Vacinas da Unimed Goiânia, Dra. Heloina Claret de Castro, destaca os avanços recentes no tratamento da tuberculose, especialmente no que tange às formas multirresistentes. “A disponibilização de novas drogas, como a pretomanida, tem facilitado e aumentado a eficácia do tratamento, reduzindo o tempo necessário para a cura.”

Apesar desses avanços, ainda há desafios significativos, principalmente relacionados ao diagnóstico precoce. Em Goiás, embora a incidência seja relativamente baixa em comparação com outros estados, a taxa de mortalidade permanece alta. Isso pode estar relacionado ao diagnóstico tardio, conforme explica a especialista. “Como a tuberculose não é tão frequente em nosso estado, o diagnóstico acaba sendo feito tardiamente, levando a uma mortalidade alta.”

Em Goiás, embora a incidência seja relativamente baixa em comparação com outros estados, a taxa de mortalidade permanece alta. Isso pode estar relacionado ao diagnóstico tardio, conforme explica Dra. Heloina. “Como a tuberculose não é tão frequente em nosso estado, o diagnóstico acaba sendo feito tardiamente, levando a uma mortalidade além do preconizado.”

Segundo a infectologista, para prevenção e tratamento da tuberculose, é fundamental adotar medidas como:
Vacinação: a vacina BCG é recomendada para crianças ao nascer, protegendo contra formas graves da doença.
Diagnóstico precoce: procurar atendimento médico ao apresentar sintomas suspeitos.
Profilaxia: indivíduos expostos ou com condições que aumentam o risco de desenvolver tuberculose devem considerar a profilaxia com medicamentos específicos. A profilaxia é especialmente recomendada para pessoas vivendo com HIV/AIDS, aqueles que utilizam imunomoduladores, pacientes com histórico de contato próximo com pessoas com tuberculose ativa, e indivíduos com doenças crônicas que comprometem o sistema imunológico, como diabetes e insuficiência renal.

Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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