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Tragédia em Hospital de Luziânia: Famílias denunciam negligência após morte de três bebês

Nos primeiros dias de janeiro de 2025, um hospital em Luziânia, Goiás, se tornou o cenário de uma série de tragédias que resultaram na morte de três recém-nascidos. As famílias enlutadas denunciam negligência médica e falhas graves no atendimento, levantando preocupações sobre a qualidade dos serviços de saúde na região.

Jaqueline Fernanda Alves Vieira, de 29 anos, é uma das mães que enfrentou essa dolorosa experiência. Ela entrou no Hospital Estadual de Luziânia (HEL) em trabalho de parto no dia 1º de janeiro, mas relata que o atendimento foi marcado por atrasos e falta de comunicação. Após horas de espera e uma série de procedimentos que não progrediram, sua filha, Helena, nasceu com sinais de sofrimento e uma clavícula quebrada. Apesar dos esforços para tratar a condição, Helena não resistiu e faleceu poucos dias depois.

Outra jovem, Yara Mafra dos Reis, de 17 anos, também perdeu sua filha sob circunstâncias semelhantes. Mesmo apresentando sinais de complicações, ela foi informada de que estava tudo bem com o bebê. Após uma espera angustiante para atendimento, sua filha não sobreviveu a uma cesárea que deveria ter sido realizada com urgência. Em ambos os casos, as mães relatam a falta de informações claras e apoio emocional durante um momento de extrema vulnerabilidade.

As denúncias de negligência não se limitam a essas duas famílias. Outras mães que passaram pelo mesmo hospital relataram experiências traumáticas, incluindo demoras excessivas em procedimentos e diagnósticos tardios. A situação levanta questões sérias sobre a capacidade do hospital de atender adequadamente gestantes e recém-nascidos.

Em resposta às acusações, a Secretaria de Saúde de Goiás e o Hospital Estadual de Luziânia afirmaram que as causas das mortes seriam relacionadas a condições graves como prematuridade extrema e síndrome da aspiração meconial, mas o descontentamento da comunidade e a busca por justiça continuam.

As famílias afetadas agora buscam respostas e responsabilização, esperando que a dor de suas perdas possa resultar em melhorias nas condições de atendimento do hospital, para que outras mães não tenham que passar pelo mesmo sofrimento. A situação em Luziânia serve como um lembrete da importância de um sistema de saúde que priorize a vida e o bem-estar de todos os seus pacientes.

Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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