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Saúde Mental é tema de encontro no Entorno 

Valparaíso

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), realizará uma roda de conversa com o tema “Saúde Mental e Qualidade de Vida”, na próxima quinta-feira (17), às 9h da manhã, na sede da unidade básica.

A ação faz parte das atividades realizadas sobre a Campanha Janeiro Branco – onde se trabalha a conscientização global sobre a saúde mental e o bem-estar. O objetivo é chamar a atenção para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas e das instituições. Assim, o tema entra em evidência, promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção ao adoecimento emocional, algo que gera impactos preocupantes em nossa sociedade.

As pessoas estão adoecendo em quantidade e ritmo preocupantes. A população brasileira tem sido cada vez mais acometida por problemas de saúde mental, mas a tendência também se mostra global. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo com maior número de depressivos, com 5,8% da população, ficando atrás somente dos Estados Unidos, com 5,9% de depressivos. A doença afeta 4,4% da população mundial. O Brasil também é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%.

A campanha acontece no primeiro mês do ano 

porque é um período de reflexão e planejamento para o novo ano, e o branco representa a ideia de uma folha em branco, onde podemos escrever nossos sonhos, desejos e metas.

CAPS de Valparaíso 

Está localizado na Avenida Central do Cruzeiro do Sul e oferece atendimento de saúde mental e atenção psicossocial humanizada, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

A Campanha 

O Janeiro Branco é uma campanha de conscientização sobre o cuidado com a saúde mental. Foi criado em 2014, por um grupo de psicólogos de Uberlândia, Minas Gerais. Seu objetivo é chamar a atenção para a importância da saúde mental como um aspecto vital para a qualidade de vida das pessoas, promover relações sociais mais saudáveis e transformações positivas nas instituições sociais no mundo inteiro.

É um tema relevante, especialmente no contexto pós-pandemia, que aumentou os casos de ansiedade, depressão e estresse na população. Por isso, cuidar da saúde mental é fundamental, requerendo autoconhecimento, apoio profissional e social.

O que é saúde mental e qual a importância de cuidar dela:

Saúde mental é um estado de equilíbrio e bem-estar emocional, psicológico e social que permite que uma pessoa viva de forma plena e saudável. Envolve a capacidade de lidar com os desafios diários da vida, trabalhar produtivamente, ter relacionamentos saudáveis e contribuir para a sociedade.

É importante porque influencia todos os aspectos da nossa vida, desde a saúde física até o desempenho profissional e pessoal. Uma boa saúde mental nos ajuda a prevenir e enfrentar diversos problemas que podem afetar nossa qualidade de vida e causar sofrimento.

Cuidar dela é um ato de autocuidado e de respeito com nós mesmos e com os outros. Para isso, é preciso adotar hábitos saudáveis, buscar apoio profissional quando necessário, participar de atividades que promovam o bem-estar, e se informar sobre o tema.

Problemas que podem surgir se não cuidar da saúde mental:

Problemas de saúde física: a mente e o corpo estão ligados, portanto, se afetam. O estresse crônico, por exemplo, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, suprime o sistema imunológico e causa distúrbios digestivos, como gastrite;

Problemas de relacionamento: dificuldades para se conectar e manter relacionamentos saudáveis podem surgir, já que a saúde mental influencia diretamente na forma como interagimos com os outros;

Desempenho no trabalho ou estudos: estar debilitado mentalmente afeta negativamente o desempenho no trabalho ou nos estudos, levando à diminuição da produtividade, concentração prejudicada e dificuldade em tomar decisões;

Isolamento social: pode haver uma tendência a se afastar de amigos, familiares e atividades sociais, o que agrava ainda mais os problemas de saúde mental;

Agravamento de condições mentais: condições como ansiedade, depressão, bulimia, anorexia e compulsão alimentar podem se agravar se não forem tratadas adequadamente;

Redução da autoestima e confiança: um psicológico frágil pode comprometer a autoestima e a confiança, dificultando a realização de metas e a busca por oportunidades;

Risco de comportamentos autodestrutivos: em alguns casos, negligenciar a saúde mental pode levar a comportamentos de risco, abuso de substâncias ou até mesmo a pensamentos suicidas.

Recursos 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, firmou duas portarias que instituem a recomposição financeira para os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) e para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), totalizando mais de R$ 200 milhões para o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Ao todo, o recurso destinado pela pasta aos estados será de R$ 414 milhões no período de um ano – um aumento de quase 30% em relação ao governo anterior.

O repasse é direcionado para um total de 2.855 Caps e 870 SRT existentes no país (dentre os quais o de Valparaiso de Goiás). Todas as instituições, de acordo com o ministério da Saúde, terão recomposição do financiamento e os recursos serão incorporados ao limite financeiro de média e alta complexidade de estados, do Distrito Federal e dos municípios com unidades habilitadas.

Karina Bueno

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