
Respeitável público, é com grande alegria que apresentamos a noite do circo! Assim começavam as apresentações circenses, repletas de acrobacias, pulos e cambalhotas, que arrancavam gargalhadas de crianças e adultos encantados com a belíssima performance dos artistas.
Todo início de ano letivo, algumas datas são comemoradas, e o Dia do Circo é uma delas. Com diversas atividades artísticas, apresentações dos professores e até uma aula passeio ao circo, essa data é eternizada nas mentes e nos corações dos estudantes.
O dia 27 de março foi escolhido para celebrar o Dia do Circo em homenagem ao nascimento de Abelardo Pinto, o famoso palhaço Piolim, que fez sucesso no início do século XX. Com o intuito de levar entretenimento aonde o povo está, o circo apresenta uma forma de arte que reúne a cultura popular de diversas naturezas.
Um pouco de história: quando o circo chegava às cidades, não importava qual, era um rebuliço. Todos queriam estar na frente para assistir de perto às acrobacias dos trapezistas, à destreza dos malabaristas, à beleza das bailarinas e à alegria dos palhaços. Muitas vezes, um carro de som anunciava o espetáculo por toda a cidade, deixando as crianças animadíssimas para assistir ao maior espetáculo da Terra.
Os grandes circos antigamente tinham animais selvagens adestrados, como macacos e cães. Entretanto, felizmente, hoje os animais não fazem parte do elenco do circo. Já o globo da morte, com seus motociclistas desafiando a lei da gravidade, continua a ser um incentivo para as aulas de física em qualquer escola secundária (ensino médio).
Contudo, a alegria do circo também revelava uma grande discrepância social. Embora levasse cultura e alegria às famílias, nem sempre os custos para a realização do espetáculo eram cobertos pelos ingressos vendidos. Em meio ao esplendor do show, havia a fome e o descontentamento laboral dos artistas. Ao deixar uma cidade, as esperanças eram renovadas para um próximo destino mais farto e rentável.
Hoje em dia, o Cirque du Soleil é uma companhia de circo de caráter econômico bastante elevado. Artistas do mundo inteiro se candidatam a vagas nessa renomada companhia. Espetáculos como o “Alegria” encantam adultos e crianças por onde passam. Próximo aos parques temáticos americanos, no complexo da Disney, há um Cirque du Soleil permanente com apresentações diárias. Muitas famílias do mundo inteiro assistem ao espetáculo após passarem o dia nos parques. Confesso que já assisti a um espetáculo nessas condições de cansaço. O show é extremamente cativante e indiscutivelmente incrível.
Ainda sobre os circos que passam pelo interior brasileiro, muitas crianças já choraram assustadas com as fantasias e maquiagens dos palhaços. É verdade. A venda de pipoca, algodão-doce e outras guloseimas na fila de entrada para o picadeiro, às vezes, não é nada convidativa para os pequenos apreciadores da arte circense.
Para os vovôs e vovós de hoje em dia, é bem capaz que se lembrem do filme onde Os Trapalhões, com o quarteto: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias trabalhando no circo cantaram a música do Chico Buarque que dizia assim: “Uma pirueta, duas piruetas, Bravo! Bravo!” Garanto que leram cantando (risos) E continuava assim: “No intervalo tem cheirim de macarrão, e a barriguis ronca mais do que um trovão ( …) olha o público cansado de esperar, e o espetáculo não pode parar…
Adriana Frony, professora, administradora, especialista em gestão escolar, mídias sociais, mestranda em ciências da educação, escoteira, palestrante e mentora com mais de 30 anos de experiência na educação, dedicou-se a transformar a aprendizagem em uma experiência alegre e significativa para seus alunos. Acredita que educar é um ato de coragem e amor, que deve ser vivido com liberdade e criatividade. Contato: espacodeaprendizagemintegrada@gmail.com