Coluna Diálogos sobre Educação

A alegria de educar: Um olhar sobre a diversão na aprendizagem

Coluna Diálogos sobre Educação com Adriana Frony

Se tem uma coisa que aprendi ao longo da minha jornada como educadora, é que a educação não precisa ser um peso, mas sim uma dança leve e cheia de cores! Olhando para trás, percebo que desde o meu primeiro dia em sala de aula, eu e meus alunos fizemos uma bela coreografia, onde cada risada, cada grito de alegria e até mesmo os momentos de “barulheira” eram passos que nos levavam a um aprendizado significativo e, acima de tudo, divertido.

Lembro-me de um dia em particular, em que decidi que a aula de ciências não poderia ser apenas uma lista de teorias. Em vez de nos perdermos em livros, levei as crianças para o pátio, onde montamos um verdadeiro laboratório ao ar livre. Com garrafinhas de água, folhas secas e um pouco de terra, criamos nossos próprios “experimentos”, transformando a simples observação da natureza em um festival de descobertas. O sorriso no rosto deles era a prova de que a curiosidade é o melhor combustível para o aprendizado.

E quem disse que a matemática precisa ser um bicho de sete cabeças? Ah, como eu adorava fazer as contas com os meus pequenos! Em vez de apenas riscar números em uma lousa, eu transformava a sala em um mercadinho. Cada aluno tinha um papel, e a matemática se tornava o nosso dia a dia. Eles compravam e vendiam produtos imaginários, contavam troco e, claro, faziam o maior alvoroço! Entre risadas e trocas, as crianças aprendiam a calcular sem nem perceber que estavam estudando.

Na sala de aula, sempre acreditei que a liberdade de expressão era fundamental. Se um aluno queria contar uma piada no meio da aula, que assim fosse! O riso e o humor sempre foram grandes aliados na aprendizagem. Eu adorava quando o clima leve tomava conta do ambiente. Afinal, aprender com alegria é um dos melhores métodos de fixar conhecimento. E sim, as piadas de criança podem ser bem bobas, mas cada risada era uma conexão que estabelecíamos, um laço que se fortalecia.

E não posso deixar de falar sobre a magia das histórias. Ah, como eu amava contar contos! Cada história era uma viagem, e ao final de cada narrativa, os olhos brilhantes dos meus alunos diziam tudo. Não havia nada mais gratificante do que vê-los querendo continuar a história, imaginar novos finais ou criar personagens. A literatura se tornava uma ponte, ligando mundos e corações, e a sala de aula se transformava em um universo paralelo, onde tudo era possível.

Hoje, ao recordar esses momentos, percebo que cada risada, cada grito de alegria e até mesmo os pequenos desafios que enfrentei ao longo da carreira foram fundamentais para me moldar como educadora. Acredito firmemente que educar vai além de transmitir conteúdo; é um ato de amor, de empatia e de coragem. E, mesmo aposentada, essa chama ainda arde dentro de mim. A educação é um ciclo sem fim, e eu sou eternamente grata por ter vivido cada capítulo.

Se me perguntam se eu gostaria de ter mudado de carreira, a resposta é simples: nunca! Eu amo ser professora, e sempre amarei. Continuarei a educar, a aprender e a me inspirar todos os dias. Porque, no fundo, a educação é uma dança que nunca termina e que sempre nos ensina a alegria de viver.

Adriana Frony, professora, administradora, especialista em gestão escolar, mídias sociais, mestranda em ciências da educação, escoteira, palestrante e mentora com mais de 30 anos de experiência na educação, dedicou-se a transformar a aprendizagem em uma experiência alegre e significativa para seus alunos. Acredita que educar é um ato de coragem e amor, que deve ser vivido com liberdade e criatividade. Contato: espacodeaprendizagemintegrada@gmail.com

Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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