Pastores são suspeitos de usar a fé para cometer estelionato no DF, Goiás e outros Estados
Religiosos podem ter feito mais de 50 mil vítimas pelo Brasil
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu dois mandados de prisão no DF e 16 de busca e apreensão na região, mas também em Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. O alvo foi um grupo, também composto por pastores, suspeito de usar a fé das pessoas para cometer estelionato. A ação ocorreu nesta quarta e a corporação acredita que os religiosos do DF podem ter feito mais de 50 mil vítimas pelo Brasil.
Cerca de 200 pessoas fazem parte do grupo, entre elas dezenas de lideranças evangélicas intituladas pastores. Os investigados, conforme as autoridades, conduziram as vítimas (fiéis que frequentavam a igreja deles, em sua maioria) a acreditarem que receberiam quantias surreais por meio de “bênção”. Para isso, eles investiam dinheiro com a promessa de recebimentos futuros.
A Operação Falso Profeta começou há aproximadamente um ano. Esta aponta, ainda, que a existiria uma rede criminosa estruturada e hierarquizada com divisão de tarefas. Entre os crimes citados, estão falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais (fraude eletrônica). As vítimas estariam em quase todas as unidades da federação, sendo um dos maiores golpes já investigados no País, de acordo com a PCDF.
Cerca de 100 policiais civis participaram dessa etapa da investigação.
Os supostos golpistas, explica a PCDF, enganavam os fiéis pelas redes sociais, abusando da crença deles. Para convencer as vítimas, a maioria evangélica, a investir as economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos sociais, os investigados prometiam retorno imediato de grandes valores.
Entre os casos, a Polícia Civil divulgou a promessa de investimento de R$ 2 mil para receber 350 bilhões de centilhões de euros – sim, este valor absurdo e completamente irreal. Os suspeitos utilizavam pessoas jurídicas “fantasmas” e de fachada simulando serem instituições financeiras digitais (bancos falsos). Eles ainda faziam contratos com as vítimas para dar mais veracidade ao golpe, que prometia quantias inimagináveis por meio de títulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Fonte: IG