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Os melhores do ano

Coluna Crônicas da Cidade com Thiago Maroca

Parece que a vida imita a arte mesmo, antes esperávamos ansiosos para assistir quem seriam os melhores do ano no Faustão, segundo a própria emissora e o seu cardápio de atores e atrizes que nos encantavam na televisão. Alguns cantores com suas músicas tema das novelas e vez ou outra, uma personalidade fora desse núcleo chamado “Projaquistão”. Mas como eu disse la no começo, fazer uma retrospectiva do ano virou moda e cá estamos pensando no que fizemos e no que deixamos de fazer. Mais um ano que fracassei miseravelmente em aprender um idioma, tenho mantido essa tradição há quinze anos. Quem diria, uma promessa de ano novo estar debutando, não é?

Vendo minha retrospectiva de janeiro até aqui, eu tenho umas coisas para comemorar. Visitei a praia duas vezes no mesmo ano e com sol, mesmo o aviso meteorológico sendo de chuva. Obrigado Thor!

Outra coisa que eu preciso analisar foi a minha participação no carnaval com uma blusa do Chaves que comprei em um brechó a caminho do bloco. Não dei ovo de páscoa porque o preço do cacau se equiparou ao petróleo. Poucos feriadões me fizeram ficar mais em casa e acampar pouco também. Mesmo assim, eu acampei duas vezes e fiz algumas viagens curtas nos arredores de minha cidadela. A promessa de fazer um peixe no tacho fica para o ano que vem também, a faca eu já ganhei, só falta pescar o danado, não tenho ambições, se o peixe tiver o tamanho do meu antebraço eu já me sinto realizado. Falar em realização, a cartomante me disse que o próximo ano eu vou surfar na crista da onda, mesma coisa que ouvi na virada de 2009 e fui demitido. Fiz todo tipo de trabalho, filmei casamento, festa da igreja e trampei no bar, claro mas em 2010 eu viajei para fora do Brasil pela primeira vez e isso mudou minha vida, talvez o segredo esteja na mudanças de rotina.

Tenho muito o que agradecer porque eu não perdi dinheiro no jogo do tigrinho e nem nas apostas de futebol, o Neymar devia dar dinheiro ao invés de falar para o povo jogar. Golpe na minha opinião, só de amor. A mina sai com o cara, bebe, come, dança e volta para casa sem beijá-lo, se quiser uma bitoca, somente no próximo encontro. Que golpe hein!

Festa juninas de fato foram, na minha opinião, a maior expectativa frustrada, tudo muito caro e zero animação. Aí depois vieram julho e agosto com 48 dias cada, setembro e outubro sem feriados emendados. Qual a necessidade de um ano sem feriadões? O que salvou foram as mulheres brasileiras nas olimpíadas. Ainda em setembro e outubro tivemos eleiçoes municipais que se equiparam a um conflito familiar. Também tivemos baixa no quartel das estrelas: Silvio Santos, Zagallo, Washington Olivetto e o grande Ziraldo partiram deixando um enorme vazio com suas genialidades.

Novembro trouxe chuvas, mas um pouco de colheita também, eu pude defender meu mestrado e por fim sair da ilegalidade, tirei a carteira de moto. Fiquem tranquilos, já passou a vontade de viajar em duas rodas. Eu tô com uma vontade de viajar de trem e velejar, vou colocar na lista para as promessas de ano novo. Também quero aprender a cozinhar umas iguarias e escrever muito, até o teclado sumir o desenho das letras. Se você me leu nesse ano e não parou para contar quantas vezes, eu te ajudo, foram mais de quarenta crônicas publicadas, fora um livro de contos que já está no forno e um monte de ideia que surgem na minha cabeça e vou rascunhando em meu bloco de notas. Agora que você leu minha retrospectiva, faz a sua e depois crie sua lista de ano novo. Nos vemos no ano que vem.

Feliz ano novo!

Beijo!

 

Thiago Maroca é escritor, membro da Academia Valparaisense de Letras, produtor audiovisual, fotógrafo, mestre em educação, escoteiro, pai do Théo e uma meia dúzia de coisas que não cabem nesse espaço.

Manda um OI:@thiagomaroca/thiagomaroca@gmail.com

Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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