Águas Lindas de Goiás

ONG Pobres e Pequeninos ajuda mães solteiras em situação de vulnerabilidade

O projeto que atende mais de 100 famílias desempenha o seu trabalho no município de Águas Lindas Goiás

Em uma entrevista exclusiva, Caroline Batista, co-fundadora do Projeto Pobres e Pequeninos, compartilhou a trajetória da organização desde sua fundação em dezembro de 2020 até os desafios enfrentados atualmente.

A ONG nasceu do toque divino na vida de Divina Aparecida , mãe de Caroline, que sentiu a necessidade de amparar mães solteiras e crianças em situações vulneráveis. “A nossa ONG foi criada, através de uma inspiração de Deus, para a minha mãe, Dona Divina. Deus tocou muito no coração dela, para ajudar as mães solteiras, com crianças pequenas e mães com muitos filhos, pois essas mães e crianças carentes, são discriminadas pela sociedade”, relatou.

Primeira ação e conquistas

A ONG realizou sua primeira ação durante o Natal de 2020, distribuindo brinquedos e cestas básicas. Ao longo dos três anos de existência, a instituição obteve apoio de outras organizações, projetos, comércios e doadores, sendo a obtenção do CNPJ uma das principais conquistas.

Caroline destaca que o principal desafio enfrentado pelas mães atendidas é a fome, evidenciando situações em que algumas não têm recursos para o básico. A dificuldade em conseguir emprego, a falta de creches e locais de difícil acesso são obstáculos frequentes. “Atendemos mães, que não têm nem um pacote de arroz, para cozinhar, para seus filhos. Nós analisamos a situação de cada mãe e fazemos um filtro, para ajudar primeiro, as mães mais necessitadas. Depois vamos atrás das doações, pedindo ajuda nas redes sociais, nos comércios e em outros locais”, completou.

Ela ressalta que a falta de doações é um desafio constante, limitando a capacidade de atender todas as mães em espera. A necessidade urgente de uma sede própria também é um grande desafio atualmente para melhorar a eficiência nas operações.

Histórias que marcam

A jovem compartilhou experiências de solidariedade, durante a sua caminhada. “Uma história emocionante, foi de uma mãe, com três crianças pequenas, que abriu os armários e nos mostrou, que não tinha nada para comer. Assim que entregamos a cesta, ela abriu os biscoitos e deu para seus filhos comerem”, lembrou.

Outra história que lhe marcou foi a doação de uma senhora que, mesmo com pouco, ofereceu um pacote de feijão. “Certa vez, estávamos na rua, pedindo alimentos, de porta em porta, uma senhora, do pouco que ela tinha, ela nos ofertou um feijão. Na semana seguinte, nós levamos para ela, uma cesta completa.Essas são algumas, das inúmeras histórias, que temos ao longo de três anos”, completou.

Caroline destaca o papel fundamental da comunidade local, que acompanha a ONG pelas redes sociais e contribui conforme suas possibilidades. A ajuda contínua de parceiros mensais e amigos é vital para manter a organização operante.

Metas futuras e apelos por apoio

Atualmente Caroline que é formada em pedagogia trabalha com animação de festas, eventos e aulas pedagógicas, com a sua fantoche, chamada Gravetildes e sua mãe é aposentada.

A ONG hoje almeja uma sede própria e busca parcerias com empresas e emendas parlamentares. O apelo principal é por mais doações para ampliar o alcance e ajudar mais mães e crianças em situações vulneráveis.

Reportagem: Larissa Nunes

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