Águas Lindas de Goiás

Mulheres na Política: Conheça a vereadora de Águas Lindas Giva Felipe

Na entrevista exclusiva para o jornal Diário do Entorno, Giva Felipe, vereadora em Águas Lindas, compartilhou sua jornada desde os 15 anos como comerciante na cidade até sua atual atuação política. 

Giva destacou  projetos para as mulheres e falou sobre a escassez de representação feminina na Câmara, que é composta majoritariamente por homens com apenas 3 mulheres eleitas. Giva destaca a responsabilidade e os desafios de ser uma das poucas mulheres no cenário político de Águas Lindas. 

Confira a entrevista a seguir; 

1- Fale  um pouco sobre você. Há quanto tempo está na política, e o que a inspirou a seguir esse caminho?

R – Sou Giva Felipe, vereadora pelo segundo mandato e comerciante em Águas Lindas desde os 15 anos. Quando cheguei aqui ainda criança, Águas Lindas nem era município. Foi quando tive o desejo de crescer com a cidade, sabendo que, como comerciante, gerando empregos, poderia contribuir muito. Na política, poderia ajudar ainda mais a minha cidade.

2- Na Câmara Municipal de Águas Lindas, há apenas 3 mulheres, e o restante são homens. Você acha que falta mais interesse por parte das mulheres em entrar na política?

R – Nós mulheres precisamos nos unir mais. Somos a maioria no eleitorado, infelizmente, a minoria na representatividade política. Ainda falta muito interesse das mulheres em fazer parte da política, mas isso vem mudando, e o cenário feminino está crescendo cada dia mais.

3- Como é estar em uma Câmara Municipal composta, em sua grande maioria, por homens, e a responsabilidade de ser uma das poucas mulheres representando a cidade?

R – É uma responsabilidade grande estar em uma câmara onde somos a minoria. Por isso, temos muitos projetos voltados para as mulheres, pois dificilmente os homens defenderão essa causa.

4- Como enxerga o papel das mulheres na política local e quais desafios acredita que ainda precisam ser superados?

R – Ainda precisa ser melhorada a participação das mulheres na política local, mas temos feito muitas ações voltadas para a causa para que esse cenário mude.

5 – Quais iniciativas têm promovido para incentivar a participação feminina na esfera política em Águas Lindas?

R – Tenho realizado alguns encontros e palestras. Foi criada a Secretaria da Mulher, na qual tive participação nesse projeto.

6- Em algum momento já sentiu que teve que se impor mais, ser um pouco mais incisiva por conta do seu gênero?

R – Sim, com certeza. Sempre tenho deixado claro que não se trata de preencher cotas de gêneros, mas sim de garantir que as vozes, preocupações e perspectivas das mulheres sejam ouvidas e consideradas nas políticas públicas, inclusive que seus direitos sejam defendidos.

Projeto de Lei 

A Câmara Municipal de Águas Lindas de Goiás aprovou, e o prefeito municipal, Dr. Lucas Antonietti, sancionou a Lei que proíbe a nomeação de pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha para cargos em comissão na Administração Pública Direta e Indireta do município. O projeto foi proposto pela vereadora Giva. O artigo 19 da nova legislação estabelece a vedação para todos os cargos de livre nomeação e exoneração, abrangendo todos os poderes locais. A restrição se inicia com a condenação em decisão transitada em julgado e encerra-se apenas com o comprovado cumprimento integral da pena, conforme o parágrafo único do mesmo artigo.

A medida que entrou em vigor em junho de 2023, visa fortalecer a proteção às vítimas de violência doméstica, alinhando-se aos princípios da Lei Federal n° 11.340/2006 – Lei Maria da Penha.  A iniciativa da vereadora visa  promover um ambiente mais seguro e responsável no exercício de funções públicas no município.

Número de filiadas não se traduz em número de candidatas

Apesar de as mulheres constituírem a maioria tanto na população (51,1%) como no eleitorado (52,62%), os filiados aos partidos políticos são predominantemente do gênero masculino, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgados na última sexta-feira (21). Dos filiados, 8.493.990 são homens, representando 53,8% do total, enquanto 7.284.431 são mulheres (46,2%). 

Mesmo com a diferença entre os filiados por gênero não ser tão significativa, a representatividade efetiva das mulheres na política é bastante desigual. Nas Eleições Gerais de 2022, por exemplo, 9.891 mulheres se candidataram, porém somente 311 delas foram eleitas, correspondendo a apenas 18,2% do total de eleitores. 

Reportagem – Larissa Nunes

 

Reportagem – Larissa nunes 

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