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Exclusivo: Secretário de Saúde de Luziânia faz balanço das ações realizadas e projeções futuras

Karina Bueno

Há pouco mais de um ano à frente da Secretaria Municipal de Saúde de Luziânia, Glênio Magrini é enfermeiro de formação e servidor efetivo do Estado. Com ampla experiência em gestão, atuou anteriormente como coordenador da Regional de Saúde do Entorno Sul — função que exercia até ser convidado a assumir a pasta municipal.
Altamente qualificado na área, Glênio iniciou sua colaboração como consultor da secretaria, assumindo oficialmente o cargo após a saída do ex-secretário Gonçalo Henrique, que se desincompatibilizou para disputar as eleições de 2024.
Nesta entrevista, o secretário fala sobre os principais desafios enfrentados, os avanços conquistados e os próximos passos planejados para aprimorar o atendimento à população.

Qual foi o principal desafio ao assumir a Secretaria Municipal de Saúde?
Acredito que o maior desafio foi a falta de organização no fluxo de trabalho. Havia produção, havia empenho, mas a gestão era fragmentada. Luziânia já contava com uma rede de saúde robusta, mas era necessário criar uma rotina padronizada, com toda a rede atuando de forma integrada, com a mesma linguagem e dinâmica. Sem dúvidas este sempre será o maior desafio de um gestor, organizar fluxos, corrigindo isso, o sucesso na liderança é inevitável

Qual o maior avanço que você destaca nesse período à frente da pasta?
Destaco especialmente os avanços na odontologia. Quando cheguei, apenas oito UBSFs ofereciam atendimento odontológico. Hoje, já são 27 unidades com esse serviço disponível à população. Nosso próximo objetivo é ampliar a carga horária das equipes para 40 horas semanais. Atualmente, 60% delas funcionam apenas 20 horas por semana. Não somente odontologia, mas outros feitos de grande relevância foi nossa Clínica de Psicologia, tanto Luziânia quanto Jardim Ingá, implantei fisioterapia no Jardim Ingá, Inauguração da UBSF Parque 9 na praça da Bíblia qie estava pronta mas ainda não estava em funcionamento, ampliação de mais um médico nas UPAS e raio X 24h operante, implantação do protocolo de enfermagem para atenção primária dando respaldo aos enfermeiros em realizar atendimento e prescrições, enfim grandes avanços para nossa saúde.

O programa “Saúde na Sua Porta” foi criado durante sua gestão. Qual é sua avaliação sobre a iniciativa?
Sim, a primeira edição ocorreu logo no início da minha gestão, e já estamos na 19ª edição. Oferecemos consultas com especialistas e realizamos diversos exames importantes. Em pouco mais de um ano, realizamos mais de 100 mil procedimentos, praticamente zerando a fila da nossa regulação — que era justamente o foco do programa.

As três edições do Opera Luziânia foram suficientes para zerar a fila de cirurgias eletivas?
As edições anteriores realizaram um grande volume de cirurgias, mas ainda havia pacientes aguardando. Fizemos um levantamento de procedimentos pendentes — como cirurgias de hérnia, varizes, entre outros. Com a 4ª edição, que está em andamento, vamos zerar 100% da fila de pacientes aptos a procedimentos sem risco. Já realizamos mais de 23 mil cirurgias por meio do programa.

Em relação à superlotação das UPAs, o que tem sido feito para resolver essa situação?
Antes de tudo, é importante destacar que recebemos um grande número de pacientes de outros municípios, especialmente na UPA do Jardim Ingá. Isso ocorre porque as pessoas sabem que serão atendidas. Diante disso, ampliamos o número de médicos de três para quatro por plantão, adquirimos novos aparelhos de raio-X e garantimos atendimento laboratorial e exames complementares 24 horas por dia. Ainda não alcançamos o ideal, mas os avanços são expressivos. Nossas UPAs seguem firmes no compromisso de não deixar ninguém sem atendimento.

A ampliação do Hospital Municipal do Jardim Ingá foi promessa de campanha do prefeito Diego Sorgatto. Já há previsão para o início das obras?
Sim, o prefeito já autorizou o início do processo. Atualmente, estamos na fase de elaboração do projeto arquitetônico, conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Após a conclusão das etapas burocráticas, iniciaremos as obras, que incluem a criação de 20 novos leitos ambulatoriais e um centro cirúrgico mais completo. Isso fortalecerá ainda mais o Opera Luziânia e permitirá a continuidade das cirurgias eletivas diárias. Também recebemos um tomógrafo, já instalado. Após o treinamento da equipe — previsto para durar cerca de 30 dias —, o equipamento entrará em operação com emissão de laudos.

Outra promessa do prefeito foi a criação do Centro de Atendimento ao Diabético e do Centro para Crianças com Autismo. Como estão essas iniciativas?
Ambas estão em andamento, com apoio e liderança do prefeito Diego Sorgatto. O Centro de Atendimento ao Diabético será implantado no Cais, que passará por reforma para se adequar às necessidades dos pacientes. Já o atendimento a pessoas com autismo será iniciado no Centro Especializado em Reabilitação (CER), um espaço inaugurado em gestões anteriores, mas que nunca entrou em funcionamento de fato. Em no máximo 30 dias, esperamos iniciar os atendimentos para crianças e demais pacientes com TEA. Em uma segunda etapa, construiremos um espaço exclusivo para esse público.

O CER será, então, finalmente ativado?
Sim. Já encaminhamos toda a documentação necessária ao Ministério da Saúde. As articulações feitas pelo prefeito junto ao governo federal viabilizaram a reativação desse importante equipamento público. Após os ajustes estruturais — previstos para ocorrer em um mês —, o CER de Luziânia estará em pleno funcionamento.

Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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