Política

“É importante já definir o nome para criar musculatura”, diz presidente do PT sobre eleição em Goiânia

Partido tem pelo menos três nomes para o cargo

A presidente do PT em Goiás, Kátia Maria defende que o processo interno para a formação das chapas majoritárias do partido é ‘democrático’ e “diferente dos outros partidos”, no entanto, percebe que lideranças da legenda entendem que, dado ao contexto, é importante que essa definição do candidato a prefeito de Goiânia seja feita brevemente para que o nome escolhido possa criar ‘musculatura’ e chegue competitivo em 2024.

“Agora, a movimentação que eu percebo é que as lideranças entendem que é importante definir um nome para discutir um projeto para Goiânia desde agora, criando musculatura e acumulando forças para chegar em competitividade nas eleições 2024”, destaca a vereadora.

“O calendário será lançado pela direção nacional e estadual, mas o PT é um partido democrático onde as forças políticas e lideranças se articulam numa construção política para chegarmos neste momento à decisão, já termos posicionamentos construídos”, completa.

Katia comentou que entende a pressa para definir o nome do partido, defendido por Edward Madureira, “Acho que é legítimo e é uma estratégia apresentada”, destaca. “Enquanto direção, vamos receber essas propostas. A movimentação das lideranças entendendo que colocar o nome desde agora fortalece o projeto”, pontua.

A possibilidade de uma ‘aliança crítica’ com Caiado em eventual candidatura competitiva do deputado federal Gustavo Gayer (PL) ao Paço Municipal também foi comentada por Katia Maria. Em recente entrevista, o deputado federal José Nelto (PP) chegou a avaliar positivamente o cenário. “Não há essa conversa. Vamos conversar com aqueles que estão ligados ao nosso campo”, ponderou a petista.

Katia reconheceu a boa interlocução que o governador Ronaldo Caiado (UB) vem tendo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas uma coisa é diferente da outra. “‘O União Brasil tem uma proposta diferente das do PT. Ter um bom relacionamento com o Governo Federal é uma coisa, pois estamos falando de entes federados. Agora, isso não é um alinhamento automático para a eleição, diferentemente do MDB que já teve uma liga aqui em Goiás”.

A presidente do PT relembrou períodos em que seu partido caminhou com o MDB, seja em aliança ao Palácio das Esmeraldas ou mais recentemente quando emplacou o vice-prefeito Paulo Garcia na chapa liderada por Iris Rezende Machado.

Os tempos mudaram e o MDB hoje está mais ao lado de Caiado do que do próprio PT. Isso não facilitaria a aliança em um eventual segundo turno? “Pode ser um debate que venha a ser feito, mas não é um debate que está na mesa neste momento”, destacou.

O PT tem três nomes em potencial para Goiânia: a deputada federal Adriana Accorsi (PT) é sonho das principais lideranças, mas tem afirmado que sua missão no momento, é continuar focada no seu mandato em Brasília. Já o professor Edward Madureira e o deputado estadual Mauro Rubem têm colocado suas pré-candidaturas ‘na rua’ e caminham para uma disputa interna.

Pesa para Madureira ter comandado por duas vezes a reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG). Sua experiência em gestão aliado a articulação política o torna um player competitivo dentro do partido. O próprio, no entanto, avalia que por não ter mandato, está menos conhecido e não está em pé de igualdade tanto com os seus colegas como com concorrentes de outras forças partidárias.

Mauro Rubem aposta nas manifestações de rua para emplacar seu nome, especialmente entre trabalhadores e servidores públicos. Médico, frequentemente é visto em atos em defesa à saúde. Participou da assembleia que deliberou a paralisação dos motoristas do transporte coletivo.

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo