Coluna Empreender

E esse negócio de dispensar cliente não é realmente uma verdade?

Coluna Empreender - Aimée Resende 

Quando a gente sai da faculdade, a gente já sonha em um teto salarial lindo e maravilhoso para receber, esperando prontamente nosso diploma e bravejar para os quatro cantos do mundo nossa desenvoltura econômica.

Aí a gente começa a ver que não é bem assim, não é assim tão fácil como se lia nas revistas.

“Fulano ralou 20 anos para conquistar a diretoria de tal empresa”… “Engenheiro tal realizou o seu sonho como coordenador de um projeto”… “Você fez um projeto por x e se não fosse por falta de experiência poderia cobrar x+y”…

Todas essas informações passam na nossa cabeça e além delas, a gente aprende a lidar com pessoas.

AH… Pessoas…

A gente ainda precisa lidar com o nosso Eu interior, imagine com pessoas…

Qual o valor se dá pelo seu trabalho?

Se eu fosse olhar para o passado, eu diria que a gente tem uma evolução de valorização da gente super significativa, e olha que com certeza todo mundo passou por isso e inclusive eu:

Primeiro desapontamento – A pessoa diz quanto que pode pagar pelo seu serviço, e por necessidade de fazer aquele trabalho, você acaba aceitando e depois percebe que poderia cobrar um pouco mais.

Segundo desapontamento – Acaba fazendo de graça para um parente da sua família, que, achando que era uma coisa simples, a pessoa acaba tirando a sua paz.

Terceiro desapontamento – Você passa por esses dois desapontamentos, faz reuniões super produtivas, explicando o seu trabalho e quando encaminha o orçamento, a pessoa define quanto ela quer pagar e vê se você vai ceder aos encantos de um valor baixo para passar um bom tempo com ela exigindo aquilo que nem ela mesma imagina que pode acontecer, mas já que você se encontra no contrato, você não quer desapontar.

Às vezes dá vontade de se perguntar se realmente é o lugar que você gostaria de estar, se é o serviço que você tem que fazer, se é algo que você merecidamente precisa. 

Nem sempre temos dias bons e nem sempre estamos de acordo com o que fazemos naturalmente. Queremos dormir, descansar, e ouvir certas coisas nos deixa desmotivados. Mas é como uma grande amiga minha disse: Devemos sim ser seletivas com o que queremos, principalmente quando queremos fazer o nosso melhor. Adianta fazer o melhor com um orçamento que você sabe que vai exigir da sua saúde? Da sua capacidade intelectual?

Se você leu até aqui e passou por isso, ou passa, sinta-se abraçado, assim como fui abraçada por ela.

E realmente, às vezes o “Não poderei oferecer o meu serviço por esse valor” dará maior valor para você mesmo, e depois de tanto buscar, com certeza esse cliente irá voltar aceitando o seu orçamento inicial.

Não é uma questão de escassez, mas a sinceridade abre as portas.

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