Coluna Um Respiro no Olhar

“DiaLógica Poética”

Coluna Respiro no Olhar com Binho Perinotto

“DiaLógica Poética”

pessoa X: Ô Binho, cê num faz Arte?

Eu (Binho): Sim… Poesia.

pessoa X: Eita! Num li seus poemas ainda.

Eu (Binho): Nem sempre minhas Poesias são “Escritas”… Dá pra “Ler” elas diferente – de outros jeitos.

pessoa X: Quê?!?

Eu (Binho): Você não me elogiou dizendo que tem mais gente acessando a verba pública para produzir uma diversidade cultural na sua cidade?

pessoa X: Sim…

Eu (Binho): Você tá ligada que eu continuo fazendo articulações e mobilizações por mais políticas públicas de cultura nas outras cidades, na região, no estado de SP e demais estados, e Brasil, e até latino-américa?

pessoa X: Sim…

Eu (Binho): Então. Faço várias Poesias. O Planeta é nosso Caderno, nossa Tela, nosso Palco… Se você fizer essa Leitura de Mundo profundo vai ver e entender várias das minhas últimas Poesias por aí. Minha arte tem se manifestado no fazer cultural diverso dos outros. Eu existo neles. Nos sonhos, nos corpos, nos processos e nos produtos. Minha Poesia está também ali…

pessoa X: Lindo isso! Mas você escreve Poemas?

Eu (Binho): Hehe… Sim… Esse diálogo, inclusive, é mais um.

“Fui feito Poesia”

Somos Poemas. Poesias.
Poeta não é quem escreve poesia,
é quem lê o mundo de modo poético.
Vê com outros olhos.
Poeta num escreve poesia,
sente na pele todo dia.

Fui fazer POESIA
e quando dei por mim
foi a POESIA que me fez.

Não sou Poeta.
Sou Poesia.

Somos Poemas.
Alguns com métricas.
Outros com rimas.
Uns mais longos e profundos.
Outros curtos e intensos.
Tens os que são mais infantis e bobos.
Mas tem os que mexem com o corpo todo, dentro e fora, e nos deslocam no tempo & espaço.
Poesias e Poemas.

“SAIA DE MIM”

Saia
de mim
Estereótipo Rótulo
Estigma Preconceito

Saia
Adereço Enfeite Confeito

Saia!

Saia,
Bermuda, Shorts, Biquíni, Sunga, Maiô,
Cueca, Sutiã, Calcinha, Calção, Calça…
Descalça!

Chinelo, Sapato, Tênis, Sandália…
Bota… Tira…!
Pantufas… TantoFaz!!!
Meia… Não!
Inteiros… e íntegros.
Estejamos integrados e não entregados!
Resgatem-me… Me resgata!

Regata, Camiseta, Camisa, Blazer, Terno…
“Terno”… certeza que é terno?
Nada terno… Tormento eterno!

Gravata, Cachecol…
Dão-me um nó na garganta!!!

Tomara que caia…
T-O
M-A
R-A!
A!!!

Hora na moda / Hora tá fora!
Macacão… e paga o mico!
Poncho… xííí, pronto. Mais esse.
“Sobre Tudo” isso eu digo: Reaja!
“Bata”… Defenda-se!

Bolsa, Mochila, Pochete, Sacola… SACO!
Que “Mala”!!!

Gorro… Socorro!
Capuz, Toca, Boné, Chapéu, Bandana…
Badernemos!

Pulseira, Tornozeleira, Bracelete… “Algemas”!
Colar, Piercing, Brinco… é brincadeira heim!
Anel… Ahhhhhhhhh Não!!!
Relógio… Tá na hora de fazermos algo!

Vestido:
…apenas um extenso tecido…

E mesmo Nu ou Nua
de frente, de trás ou de lado…

Peladas e Pelados
Seremos Rotulados!

Fábio Riani Costa Perinotto, ou o Binho.
Poeta desde criança: tinha 10 anos na primeira poesia que se tem registro. Poemas em saraus, em alguns livros, e na internet. É Meditador. Pedagogo. Há mais de 20 anos sua carreira é de articulador, produtor e gestor cultural – trabalha com gestão de políticas públicas desde o início dos Pontos de Cultura e Sistema Nacional de Cultura. É um Tuxaua Cultura Viva. Um Ser sendo e que faz Poesia no dia-a-dia quase sem querer, mas quer.
binho.rc.perinotto@gmail.com
https://www.instagram.com/binho.riani.perinotto/

Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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