
Essa expressão conta muito da gente em poucas palavras. É uma linha cheinha de verdades. E hoje em dia, se você não vive contando as horas, certamente está vivendo em um mundo bucólico.
Se a gente pudesse acelerar o processo de cozinhar um ovo, de assar uma galinha, de levar o filho para o colégio no piscar de olhos, frustraríamos menos quando pensamos que podemos dar conta de tudo.
Eu sei que você já disse: “Hoje eu vou finalizar 50 coisas que deixei pra fazer hoje” e, nesse mesmo dia, outras coisas aconteceram. Você torce para a sua mente manter seu cotidiano tinindo, sem tantos percalços e mantendo a serenidade que não existe.
Fingir ser sereno, calmo e resiliente é a forma mais preparatória para findar em um estresse profundo, cheio de raivas e mágoas, e explodir de tal maneira dentro de você que, se fosse pedir ajuda aos universitários, eles não conseguiriam entender porque você se permitiu a isso.
Três coisas que aprendi com três amigos que moram em outros países e que mostraram como um olhar diferenciado ao nosso dia a dia pode nos frustrar menos mudando a nossa perspectiva.
Estava cansada e arrependida de ter dito sim a um projeto e estava exausta daquele tipo de trabalho. Comentando com meu amigo marroquino, que é designer, ele disse: “Por que vocês, brasileiros, procuram ajudar em algo que às vezes vocês não conseguem ajudar?” Uma pergunta muito interessante no tocante a “quantas vezes você, caro amigo, aceitou algo e depois se arrependeu por não saber dizer não?”
Estava entusiasmada com um novo projeto, mas não conseguia finalizá-lo nunca. O medo e a angústia faziam com que eu nunca terminasse, mesmo querendo muito que acontecesse. Falando sobre isso com meu amigo indiano, diretor de vendas de uma grande empresa, ele disse: “Por que seguir algo que se tem dúvida? Seguir o que está no seu coração é a melhor decisão. Dúvida não resolve nada e, a partir disso, a probabilidade de errar é menor. Então, em qualquer situação, sentiu dúvida? Pare. Não tome logo uma decisão. Deixe que as coisas respondam pelo que você sente e escuta dentro da sua intuição. Só fazemos aquilo que queremos de fato, sem dúvidas e anseios.”
Estava errando em um fluxograma de automação e criei outro para tentar enxergar soluções para melhorar minhas automações dentro da plataforma. Conversando sobre isso com meu amigo da Nova Zelândia, consultor de automação e tecnologia, ele disse: “Por que pensar na solução o tempo todo? Não adianta pensar em solução se você não enxerga o problema primeiro. Entendendo de onde vem o problema, você não perde seu tempo.”
E aí, depois dessas conversas, fui juntando os pensamentos. Quanto tempo a gente gasta tentando resolver tudo de uma vez? Quanto tempo perdemos nos forçando a ajudar quando não podemos? E o quanto nos sabotamos por não seguir nossa própria intuição?
Talvez a gente esteja vivendo em um eterno cronômetro mental, tentando ganhar tempo e otimizar processos que, na verdade, não deveriam ser acelerados, mas compreendidos. Será que estamos medindo nossa produtividade da forma certa? Ou estamos apenas nos ocupando?
Aprender a dizer não, ouvir a intuição e enxergar primeiro o problema antes de buscar a solução foram três lições valiosas que mudaram minha forma de enxergar o dia a dia. E, quem sabe, podem mudar a sua também.
Porque, no fim das contas, o tempo não precisa ser nosso inimigo. O que precisamos é aprender a usá-lo a nosso favor.
Sejamos eternos aprendizes da vida! Porque pensar com Arte é diferente.
Aimée é uma planejadora urbana com mais de 15 anos de experiência em Marketing, consultora de pós-graduação em NeuroMarketing, Artista Visual internacional e CEO da Tkart, uma empresa internacional de marketing.
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