
Karina Bueno
Gestão da Saúde (Plano Plurianual 2026-2029) começam hoje (7), a partir das 18h, no Ginásio da Bíblia e vão até sábado (12), em Novo Gama. A cada dia os encontros acontecerão em locais diferentes. Para ter acesso aos endereços e horários os interessados devem entrar nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde.
As Pré-Conferências de Saúde, são momentos fundamentais para discutir e contribuir com o futuro da saúde pública. São nesses espaços públicos em que representantes da sociedade civil e do governo municipal encontram-se em situação de estabelecer ações de resgate da saúde da população, levantando problemas e propondo soluções. Também analisam o resultado dos serviços prestados pela secretaria de saúde.
Os temas abordados neste ano são: Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e Gestão da Saúde no Município. Por isso a participação de todos nesse debate é essencial para fortalecer o SUS e garantir melhorias para todos.
Dados
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) aponta que há atualmente no Brasil mais de 3 milhões de pessoas trabalhadoras em exercício no SUS. Deste total, 75% são mulheres, 47% possuem curso superior e a faixa etária média para ambos os gêneros é de 40 a 44 anos de idade.
Em todas as cinco regiões, quem lidera o ranking de maior número de pessoas empregadas são os técnicos em enfermagem, com 769.203 colaboradores.
Saúde pública
Embora hoje muito se fale sobre o direito universal à saúde, a sociedade ainda não tem um entendimento completo sobre o que é saúde pública. O conceito é bastante amplo e envolve uma série de fatores sociais e econômicos, mas, em resumo, diz respeito ao direito básico à saúde para todos os cidadãos, independentemente de classe social.
O entendimento desta condição básica para a vida se deu com o aumento da população das cidades e a preocupação com taxas de mortalidade e epidemias. O estado, então, passou a querer garantir o direito à vida das pessoas, mas a história é muito mais cheia de detalhes do que parece.
Conceito
A ideia de saúde como bem público surgiu na Europa, entre os séculos 17 e 18, e se deu por conta do aumento das cidades e da necessidade de organizar os espaços para que a população tivesse qualidade de vida. A preocupação com epidemias e questões como taxas de natalidade e mortalidade também foram bastante importantes para que a saúde começasse a ser vista como um direito de todos.
No Brasil, por outro lado, a saúde como bem coletivo teve visibilidade somente na República Velha. Surgiu ao mesmo tempo que a ideia de se sanear os espaços e as cidades com maior concentração de pessoas que dominavam a economia cafeeira. Foi também quando se iniciaram as campanhas de vacinação obrigatória contra a varíola e quando se pensava em erradicar a febre amarela.
Ainda assim, o Sistema Único de Saúde (SUS) existe há menos de 40 anos, já que até antes deste período as famílias mais carentes precisavam recorrer a serviços de saúde bastante precários, o que comumente resultava em diagnósticos falhos, tratamentos desnecessários e morte.
Tudo isso culminou na criação de um modelo de Seguridade Social e de Previdência Privada do trabalhador. Desta forma, a Constituição Brasileira, de 1988, passou a ver a saúde como um direito de todas as pessoas – de todas as classes sociais.