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Coluna Empreender com Aimeé Rezende: “Proatividade Tóxica. Já ouviu falar?

Nesse meu desenhar no mundo de gerenciamento, gestão e conhecendo muitas empresárias e empresários, tudo e todos tem uma coisa muito, mas muito em comum e me incluo nesse mundo maluco empresarial: a proatividade.

E além, a palavra proatividade sempre vem com aquela velha frase que o empresário enche a boca pra falar: “Sofri o suficiente para não deixar nada pra depois, se eu vejo que algo precisa ser feito, vou lá e faço.

Passa por cima de caminhão, pessoas, briga com o mundo mas faz, quebrando a cara mas faz.

Concentração de demandas não é à toa, já que considero esse ponto muito pertinente quando vejo situações que, nos dias de hoje, parecem ser mais desesperadoras e questionáveis no tocante às exigências de se fazer as demandas, porque elas não são efetivadas, são incluídos os prazos, mas não são efetivados em uma equipe e muitas das vezes não entendemos porquê ou simplesmente achando que resolver de forma imediata vai ser melhor, as ações são a prioridade naquele momento.

E a proatividade é tanta que são remodelados novos processos, empresas e empreendedores se permitem ajustar todo o formato em prol das pessoas serem também proativas mas o resultado nem sempre é o que se espera.

Uma das coisas que eu comecei a entender e a me reeducar também (aí é realmente o momento que precisamos olhar e observar que nem tudo é do jeito que queremos, em contrapartida é importante entender quem são as pessoas que estão ao seu lado responsáveis por esse gerenciamento) quando o assunto é entrega dos materiais dentro do processo, ou seja, o que eu consigo fazer em 10 min, o profissional que está com essa demanda demora 30min, os aspectos gerenciais também precisam ser respeitados, compreendendo em quanto tempo as coisas precisam ser encaminhadas para se manter também o padrão de qualidade.

E aí, considerando essas informações pertinentes, até onde a proatividade pode ser tóxica?

Quando não se escuta os feedbacks: As pessoas estão te dizendo que estão com dificuldade em fechar as demandas mas você prefere resolver porque o tempo de resolver e o tempo de sentar para explicar às vezes é desproporcional;

Quando as demandas são impostas sem datas: Normalmente queremos tudo para ontem, mas ontem não dá para definir quando algo precisa ser entregue, e quando colocamos os prazos é mais fácil a pessoa se organizar nas demandas que foram colocadas e entregar na lista de prioridades aquilo que é necessário;

Há um problema mas ninguém resolve, não porque não quer, mas porque estão acostumados que você mesmo faça: Já cansei de ouvir um passarinho dizer “eu já não aguento mais mandar para o pessoal as demandas e eles ficam esperando que eu resolva”. E aí eu pergunto para o passarinho: as demandas já foram distribuídas para as pessoas (com explicação de como é e como funciona) ou simplesmente elas foram informadas que precisavam resolver? Será que elas sentem vergonha em dizer que não sabem resolver? Você já perguntou se elas têm dúvidas no momento de fazer aquela demanda? Porque quando fazemos essa última pergunta (principalmente) para as pessoas, é impressionante a chuva de dúvidas que aparece, e vem outro questionamento: você está com tempo suficiente para ajudá-las a entender as demandas? A pessoa pode até entender, mas não tem a “pegada empreendedora”.

Ouvir pode doer, mas é necessário: Quando estamos preparados a ouvir, é um divisor de águas, nunca imaginamos o que as pessoas acham porque não estamos com tempo para ouvir, mas assim como Salomão, ele escutava mais as pessoas do que ele mesmo falava, até porque, o que move o mundo, além de resolver problemas, é entender que nosso mundo é coletivo e mesmo que a gente não queira ouvir, ser melhor a cada dia é o que nos motiva a recriar um mundo mais comunicativo e assim mais resolutivo, não é mais “eu acho”, os fatos é que tem vez e voz.

Ter as ferramentas dentro da empresa, mas não usar nenhuma: E aí as pessoas ficam como? Como elas vão acompanhar se nem você respeita onde se deve colocar as demandas? Ei, calma, toma um café e reveja se realmente essa ferramenta é útil para você e sua equipe.

 

Você se identificou com esses cinco humildes itens que vos escrevo, caro leitor? Também não se sinta mal se sua proatividade às vezes é tóxica, conhece-te a ti mesmo é o suficiente para as transformações começarem e você se manter saudável com a sua equipe e quem estiver à sua volta, até porque, sem você e sua proatividade, como tudo isso iria “rodar”?

 

 

 

 

 

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