Coluna Empreender

Coluna Empreender com Aimeé Resende

Nem que seja a última coisa que eu faça

Nem que seja a última gota da água do Rio Nilo, posicionar-se é a briga de todo empresário contra o próprio mercado que ele atua.

Posicionar-se é um verbo e tanto que se não for muito claro no que você faz, você pode ser interpretado de várias maneiras.
E eu percebi o quanto é difícil essa coisa de se posicionar, parece que vivemos com medo de tomar as atitudes, de querer quebrar os paradigmas em nossa mente, criando os cenários mais bonitos, quase um palco de teatro onde todos aplaudem a sua atitude de se apresentar e falar, mas quando chega o momento de dizer, se expressar, falar aquilo que te incomoda em uma reunião, em uma fala que achou um pouco desestruturada para não dizer “mal educada”, você percebe que posicionamento não nasce simplesmente pelo ato de “vou fazer e pronto”, ele vem da sua destreza de convicção, força e de saber quem você é.
Acho incrível todos que tomam a atitude e são questionados por aqueles que até sabem mais, se desenvolveram mais pelos longos anos, mas que não tiveram o posicionamento para chegar lá na frente e se alegrar nesse passo a passo que é se enfrentar.
Parece que esperamos o momento certo ou o momento certo vem dessa força interior que às vezes dispersa, e que você não sabe pra onde foi parar?
Uma palavra que combina com posicionamento é convicção. Mesmo a pessoa falando coisas nada a ver com nada, se ela manter a verdade dela, aquela verdade persiste e insiste.
Entre esses cálculos absurdos em papel de padaria, posicionamento + convicção, vezes a sua fala em potência com a verdade é igual à guerra do seu ponto de partida contra o mercado que te dá tantas informações e acabar te confundindo pelas inconstâncias.
Só que, mesmo assim, é possível encontrar o seu tom.
Tem gente que pensa que posicionar-se é ser o mais alto da sala, o mais criativo da campanha, o mais técnico do time. Mas não. Posicionar-se é ser o mais coerente com o que você acredita, mesmo quando tudo ao redor tenta te empurrar para lugares mais vendáveis, mais bonitos, mais populares.
E aí entra outro ponto importante: posicionamento não é sobre agradar. É sobre sustentar.
Sustentar a sua proposta, sua escolha estética, seu modelo de trabalho, sua forma de lidar com o cliente. Sustentar, inclusive, que você mudou — porque posicionar-se também é parte do jogo.

Você não é uma estátua. Você é movimento.
E quando esse movimento é honesto, as pessoas percebem.
Posicionamento exige coragem, sim, mas também exige delicadeza. Não é gritar mais alto, é falar do jeito certo, na hora certa, com a intenção certa.
É ser firme sem ser duro. É saber recuar sem perder a essência. É errar e voltar com mais clareza.
No fim das contas, quem se posiciona não está só dizendo ao mundo quem é, está ensinando como quer ser tratado, lembrando ao mercado que por trás de cada negócio existe uma história, uma escolha e uma pessoa.
E isso, por si só, já é um baita ato de resistência.
Então, se ainda estiver difícil dizer ao mundo o que você faz, comece dizendo a si mesmo por que faz.

Ali está a raiz do seu posicionamento.
E ali também, quase sempre, está o seu maior poder.
Pensar com Arte é Pensar Diferente.

Aimée é uma planejadora urbana com mais de 15 anos de experiência em Marketing, consultora de pós-graduação em NeuroMarketing, Artista Visual internacional e CEO da Tkart, uma empresa internacional de marketing.
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Paula Rocha

Editora chefe do Jornal Diário do Entorno

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