Distrito Federal

GDF investiga ação criminosa no incêndio do Parque Nacional de Brasília

 

Uma força-tarefa coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) foi instaurada para investigar possíveis ações criminosas relacionadas ao incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília. As investigações, que já estão em andamento, levantam suspeitas de que o fogo tenha sido causado intencionalmente. A decisão pela criação da força-tarefa foi tomada durante uma reunião realizada no Palácio do Buriti, na última segunda-feira (16), em que participaram o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e a vice-governadora, Celina Leão. Nesta reunião, também estiveram presentes representantes de órgãos que atuam no combate ao fogo, como o Corpo de Bombeiros Militar do DF e o Brasília Ambiental.

 

As autoridades agora buscam identificar os responsáveis pela atitude criminosa, afirmando que o incêndio, que já consumiu cerca de 700 hectares, é resultado da ação humana. “As queimadas estão sendo feitas pela ação humana. Somos vítimas de pessoas que vão nesses locais e colocam fogo. Por determinação do nosso governador, quem estiver envolvido irá responder pelo crime ambiental”, afirmou Celina Leão.

 

O GDF mobilizou 1,5 mil pessoas para o combate às chamas, sendo que parte dos bombeiros que atuavam em outras regiões do país foi trazida de volta para reforçar a operação. Além dos esforços terrestres, uma operação conjunta inclui atividades aéreas com aviões e helicópteros especializados em combate a incêndios.

 

As buscas para controlar o incêndio intensificam-se diante da previsão de tempo seco e quente para os próximos dias, o que coloca em risco ainda mais a vegetação local. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que o Distrito Federal já está há 146 dias sem chuvas, e as condições climáticas devem continuar favorecendo a ocorrência de novos incêndios.

 

A população local foi alertada sobre a importância da colaboração no combate às queimadas, sendo incentivada a denunciar qualquer foco de incêndio através dos números de emergência disponibilizados pelo GDF. A expectativa é que a investigação identifique rapidamente os autores desse crime ambiental, que têm causado sérios prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população.

 

Enquanto isso, a Secretaria de Educação do DF concedeu autonomia às escolas para decidirem sobre a suspensão das aulas, visando a saúde e segurança dos alunos e servidores, em função do ar comprometido pela fumaça. Medidas de monitoramento da qualidade do ar estão em fase de implementação para evitar novas situações críticas como a vivenciada nos últimos dias.

 

A manutenção do Parque Nacional de Brasília, uma área de preservação fundamental para o abastecimento de água no DF, continua sendo uma prioridade para o GDF, que promete ações enérgicas contra aqueles que colocam em risco esse patrimônio natural.

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