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Carta de Goiás: documento reúne compromissos firmados em seminário internacional

Documento foi construído em conjunto por representantes do poder público, do setor produtivo e de mais de 20 países da América Latina, que se encontraram em Rio Quente (GO) para seminário

“Um chamado urgente para a ação”: esse é o título da carta construída em conjunto pelos participantes do seminário internacional Águas para o Futuro, que foi promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) em conjunto com a Unesco entre 10 e 13 de setembro, no município de Rio Quente. Participaram do encontro mais de 700 representantes do poder público, do setor produtivo e de mais de 20 países da América Latina.
A carta diz que é fundamental compreender a agenda da Água como matriz da vida, e não como mera mercadoria. Pondera também que alterações no ciclo da água representam risco para o desenvolvimento e estão ligadas, de forma indissociável, à variabilidade e às mudanças do clima, de modo a dificultar previsões e a impor desafios à gestão dos recursos hídricos. O desequilíbrio, continua o texto, gera críses, aumenta o o nível do mar e cria uma série de desafios difíceis de superar.
Para evitar que um cenário indesejável se estabeleça, a Carta de Goiás pede o comprometimento de todos em favor da construção de ambientes com instituições, políticas e regulamentos robustos, investimentos suficientes, recursos humanos capacitados e abordagens específicas para cada região ou país. A palavra-chave do documento que fechou o seminário é “cooperação”.
“A cooperação e o compartilhamento de experiências e soluções entre regiões, estados e países são estratégias essenciais para promover a gestão sustentável da Água e potencializar a exploração de sinergias no cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, diz um trecho.
A carta requer o estreitamento de parcerias transfronteiriças e regionais para gestão de águas internacionais, superficiais e subterrâneas, por meio de acordo institucionais voltados para financiamento, governança e compartilhamento de dados, por exemplo. E lembra que o papel das águas subterrâneas, assunto amplamente debatido em Rio Quente, não pode ser negligenciado: “temos que tornar o invisível visível”, alerta o documento.
“Temos que desenvolver e implementar políticas que construam novas visões de governança e mentalidade territorial aumentem a resiliência hídrica e climática, incluindo planos e medidas de adaptação, como infraestruturas, tecnologias e abordagens de gestão do território e dos recursos hídricos, evitando ou mitigando perdas ambientais, econômicas, sociais, culturais e outras, deve envolver a todos”, pede a carta.
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, diz que o documento sintetizou com sucesso os objetivos estabelecidos em painéis e oficinas. “Consideramos essa ação um sucesso e vejo que todos entenderam a nossa principal mensagem: tudo o que fazemos envolve água e precisamos cuidar desse elemento da vida, essencial para que avancemos com o desenvolvimento sustentável”.
A Unesco, que também chancela a carta, foi representada pelo coordenador do Programa Hidrológico Intergovernamental (PHI), Miguel Doria. “O que nós fizemos aqui foi um evento pró-futuro. Esperamos realizar essa ação anualmente, para seguirmos com essa discussão sobre as águas. Agradecemos ao Governo de Goiás e a todos aqueles que fizeram este evento possível”, afirmou o coordenador.
A programação foi transmitida e pode ser assistida no Youtube, no canal @AguasParaoFuturo-tp5uo.

fonte: MaisGoias

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