Formosa

Ginecologista que se oferecia para ajudar mulheres a “ter orgasmos” é preso

Operação da Polícia Civil encontrou e prendeu suspeito em Formosa (GO).

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu o ginecologista suspeito de abusar sexualmente de pacientes no Distrito Federal. Em uma megaoperação nesta quarta-feira (6/7), a 12ª Delegacia de Polícia encontrou e deteve o médico Celso Satoru, em Formosa (GO).

A investigação mostrou que o ginecologista “fazia as vítimas crerem que estavam sendo submetidas a um procedimento adequado, correto e necessário, e que os toques que ele realizava faziam parte do protocolo de atendimento, quando, na verdade, era uma fraude para conseguir praticar o ato libidinoso com as vítimas”.

O caso foi denunciado e, após a reportagem, outras 12 mulheres relataram abusos do homem. Viaturas terrestres e até um helicóptero foram usados na operação para prender o médico. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 2ª Vara Criminal, em virtude da prática, em tese, dos crimes de violação sexual mediante fraude contra diversas vítimas.

O profissional, alvo de inquérito policial, foi indiciado por violação sexual mediante fraude após ser acusado por duas mulheres. Elas fizeram a denúncia e relataram terem sido masturbadas pelo médico quando estavam deitadas em uma maca.

Uma das vítimas disse ter procurado o hospital para agendar uma consulta ginecológica e teve horário marcado com o médico Celso Satoru Kurike. Quando entrou no consultório e colocou um jaleco, a paciente informou sentir dores na cicatriz provocada pela cesariana, além de cólicas e forte fluxo menstrual.

O médico pediu, então, que a paciente respondesse a algumas perguntas desconcertantes, o que lhe causou estranheza. Ele queria saber, por exemplo, quantos parceiros sexuais a vítima havia tido ao longo da vida, se costumava sentir dores durante a relação sexual e se tinha dificuldades de chegar ao orgasmo. Logo após tais questionamentos, o ginecologista pediu que a mulher tirasse a roupa e vestisse um avental.

Após fazer o exame nas mamas e a coleta do exame preventivo, tudo corria dentro de uma aparente normalidade, até o médico tocar em seu clitóris e iniciar movimentos circulares. Em seguida, Celso Satoru teria dito que aquele ponto “é o local onde as mulheres sentem prazer”.

Em choque, a vítima não esboçou reação. Na sequência, o médico disse que a ajudaria a parar de sentir dores e passou a espetar agulhas pelo corpo da mulher que eram semelhantes às de acupuntura. Assustada, a paciente se levantou, foi ao banheiro, trocou de roupa e foi embora.

Diante das denúncias, o Conselho Regional de Medicina no DF (CRM-DF) informou que o médico teve sua conduta apurada por meio de processo ético profissional.

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